sexta-feira, 29 de julho de 2011

O ultimo para você



Um dia ficaremos sem assuntos

E já não seremos a melhor coisa um para o outro
Um dia a vida em sua rotina, trilhara um caminho
Para cada um de nos e pode ser que os nosso sejam opostos

Um dia as tuas fotos não me impressionaram mais,
Nem tuas frases, nem tuas palavras, nem mesmo você
As expectativas desfaleceram em minhas noites frias ou quentes
Mas o frio da solidão e o calor do desespero serão tormentos em todas elas

Um dia o silencio e o vazio nos entrara peito adentro
E instantaneamente seremos lembrados um pelo outro
Das noites quentes, das tardes vazias, as palavras vazias,
Dos sonhos, dos medos, das mentiras, verdades, e tantas conversas jogadas fora e segundas intenções.
Seremos lembrados por nos mesmo

E quem sabe um dia, em uma esquina,
Uma praça brincando com meu filho,
Um espetáculo teatral,
Uma clínica de psicologia,

Em noite de natal enfrente a torre Eiffel,
Em meio ao que sobrou do Haiti,
Em uma viela, sentado, fumando ópio e tomando pico na
Veia para tentar esquecer,

Sentado na porta de minha casa Em uma Cadeira de
Balanço reclamando com meus netos,
Em algum lugar.
Em algum lugar vamos nos encontrar e mais uma vez em silencio,

Com apenas toques no olhar,
Lembrar-nos-emos e teremos a certeza do quanto à
Rotina, da vida nos machuca.
(me machuca)

Pensar-nos-emos escondendo o rosto
Marcado pelas cicatrizes do tempo
Com um enorme corte, traçado em linha vertical
Das estranhas métricas Da vida

Contendo em vão as lágrimas
Buscar-nos-emos palavras, frases,
Qual quer coisa que possa amenizar
A dor do passado inacabado

Mas as frases não virão
A boca tremula não pronunciará
Pois neste momento nada vira
Alem de lembranças mórbidas
Alem dos meus sentimentos castrados pelo tempo.
Nada virar, (Alem de você e eu.) 

Pablo 

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